16 junho, 2015

Pirosos Suspirosos


Querido diário:

Por razões que agora não lembro, não lembro se falarei em instantes do volume 1 ou do 2 das memórias de Érico Veríssimo, intituladas "Solo de Clarineta". Seja como for, só há duas possibilidades, ou é volume 1 ou é volume 2. E a página seguramente é a de número 116. Estabelecer a verdade, portanto, não é difícil.

Menos difícil ainda é perceber que lá fiz algumas anotações em um desses exemplares da biografia claramente diversas do outro, mas sinto-me compelido a não compelir-me a examiná-la/s agora. Tudo isto implica que estou postando no marcador "Besteirol", o que muito me apraz.

Então, pois então. Érico fala em algo, alguma coisa, alguma pessoa que andava, vestia, trajava, ou melhor, respirava "suspirosa". Claro que pensei naquele "piroso" do outro dia (aqui). Mas aí pensei que, em meu romance, poderei inventar mais aplicações como esta de "suspirosa", como por exemplo "respirosa" e "capirosa".

Capirosa, como sabemos, é uma palavra que talvez esteja sendo inventada hoje mesmo. E que, claramente, é uma corruptela de "capinar". Dadas as condições de contorno da postagem de hoje, nomeadamente, o marcador Besteirol, acho que tudo encontra-se no melhor dos mundos.

DdAB
A imagem veio daqui, uma interessante postagem sobre a diferença entre kitsch e piroso. O sofá lá de cima realmente parece constituir a melhor definição de dicionário do que é piroso.

P.S. Por falar em besteirol, não sei como chegou-me às retinas a seguinte sentença: "The fundamental belief underlying the whole system [...]". Nem bem li até aquele ponto e completei: "é que é possível evadir-nos do colapso do Sol". Como replicaram: aí mesmo é que a encrenca se tornará pirosa!

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