18 setembro, 2014

Marina, Dilma e Bresser Pereira


Querido diário:

Recebi o link para um artigão de Luiz Carlos Bresser Pereira em que ele justifica o voto que dará a Dilma Rousseff nas próximas eleições, eleições que me causam tanto entusiasmo que observei que minhas horas de sono foram multiplicadas por 360, ou seja, durmo atualmente cerca de 24 horas por dia.

Lá vai o cerne (retirado daqui):

Vou votar pela reeleição de Dilma Rousseff, não por que seu governo tenha sido bem sucedido, mas porque é ela quem melhor atende aos critérios que adoto para escolher o candidato. São dois esses critérios: quanto o candidato está comprometido com os interesses dos pobres, e quão capaz será ele e os partidos políticos que o apoiam de atender a esses interesses, promovendo o desenvolvimento econômico e a diminuição da desigualdade.

Pensei em todo o artigo e muita coisa merece comentário, mas vou dizer apenas uma coisa: os problemas que Dilma enfrentou foram milhares e ela foi bem sucedida apenas em não desmanchar as conquistas das migalhas que foram oferecidas aos pobres nestes anos todos. Agora aquele negócio de achar seriamente que há uma coalizão partidária apoiando o governo já começa... Que partidos, que governo, que diabos? O que existe na política brasileira é um sonífero que praticamente estagnou toda a vida representativa nacional. O povo não está nem aí para a política, os programas de televisão sobre a política são de dar golfadas. Os partidos são piadas, os programas nem chegam a ser declarações de intenções decentes, as coalizões são mais risíveis do que os votos que, no passado, foram dados ao palhaço.

E por quê vou votar em Marina? Primeiramente, porque seu governo está comprometido com os interesses dos pobres. E, segundo, diferentemente de Bresser, só voto nela com a esperança de que ela exploda esta estrutura partidária, que ela faça a reforma política, que ela faça a reforma do judiciário, que ela mude o Brasil. Não precisa fazer tudo de uma vez, mas algumas medidas relevantes que nos levem a recuperar o otimismo, a esperança de que o futuro será menos corrupto e incompetente do que o presente. E, já que é uma postagem de "economia política", que reveja a taxa de câmbio e que não penalize nem as exportações nem as importações, que deixe o Brasil escolher sua vocação natural, sua vocação adaptada ao mundo de hoje. Que acabe com o voto obrigatório, com a Voz do Brasil, que autorize o aborto consentido, que mude a política de drogas e tributária, que comece a gastar na promoção da criação de engenheiros e não na de tratores. Que gaste em educação, educação, educação.

DdAB
Imagem daqui.

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