11 novembro, 2012

Brasil, Educação, Obama Bicampeão

Querido diário:
Há quase uma semana, dei umas olhadas no Washington Post, a fim de atualizar-me sobre os resultados da eleição americana. Quando cheguei na festa, já estavam disponíveis o discurso de despedida de Mitt Romney e o de festejo de Barack Obama. Disse Machado de Assis que "ao derrotado, a casca das batatas (para não falar o trágico destino que lhes caberia na linha quinqueana)", de sorte que fico com o mal-dito "ao vencedor, as batatas". Ou seja, vi o vídeo de Obama. Dada a desfaçatez dos governantes brasileiros no que diz respeito a seus discursos de campanha sobre educação, destaquei:


Queremos que nossas crianças frequentem as melhores escolas com os melhores professores.

Tradução minha. Original de Barack Obama, está claro? Relembro: não acompanhei com muito interesse as eleições americanas. Fi-lo, filo, meu Deus?, em medida um pouco maior no que diz respeito às eleições municipais do Brasil. Depois de ter ouvido comentadores dizerem que cristalizou-se um quadro de pluripartidarismo aus Brasilien, fiquei feliz. De repente, surgirá algum partido decente, ou seja, algum dos existentes torna-se decente, substituindo as atuais lideranças. Ou dá-se uma reforma dentro de um ou dois destes líderes. A esperança é a última que morre.

Estou certo de que Obama deixou claro que melhores escolas nutridas por melhores professores significa não ter enturmações, não ter aula em containers (pronúncia maravilhosa de Obama) não contestar judicialmente o direito do governo federal fixar um salário mínimo de incentivo ao ingresso dos jovens na carreira do magistério. Em outras palavras, não é impossível que os americanos abjurem governos do tipo Yeda ou Tarso. Nâo é invejável?


Claro que não foi ele que disse estas coisas fora da frase que pesquei, nem -by the way (pronúncia horrível)- eu! Quem diz é o bom-senso universal!

DdAB
Imagem: do blog da Secretaria de Educação de Solonópole. Solonópole? Ainda mais estranho do que ideias quinqueanas, de Kinkash Borba.
P.S.: meu encantamento com Obama extinguiu-se há anos. Por ironia, momentos antes de fazer esta postagem, li no jornal que ele acaba de recusar-se a aceitar o encaminhamento de proposta palestina de inserir este povo (nação) como membro não oficial da ONU, um troço destes.
P.S.S.: como disse o zelador de meu prédio, o sr. Paulo, "é um misancê e tanto".

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