27 novembro, 2011

Água em Israel

querido blog:
se hoje é mesmo 27/nov, então é domingo. e se é domingo, nada melhor do que falar de cachaça e seu antônimo, a água. há muitos anos, aprendi que a América (Sul a Norte) é o continente dos alimentos, par excellence. e entendi que o Brasil, por estas próprias razões e ainda outras é o país da água. tanto é que já fizemos a canção "o planeta água será terra".

fizemos? pois acho que ninguém fez.

.a. no blog da dra. MdPB, postei algo falando nisto. o fato concreto é que o que achei como esta busca foi o Guilherme Arantes. era ela, era ele, era ela, não era.

.b. confusão.

começa a explicação:
.a. tem mesmo o que ouvimos ao clicar na imagem acima, que aprendi, sob o patrocínio da profa. Brena (aula em EAD) a ligar com o YouTube. ela escreveu um manual para seus alunos de terceiro tipo (meu caso). por outro lado, se clicares na imagem abaixo, verás o que confundi lá na postagem da Da Paz com "o planeta água será terra". seria minha audição ou a dicção do 14Bis (conjunto que adorei, a própria canção, o são, pois as palavras não, ou melhor, as palavras também, ainda que com erro de não mais de 1%, bicaudal). com imagens do YouTube, entram propagandas pagas sei lá de quem e eu é que não ganhei nadicas. dois pontos:


pois bem, agora bem. então chego ao título da postagem. retomo o economês. o otimismo. eu digo que os dois maiores mananciais de capital brasileiro são os de água e os de gente. e ambos precisam de cuidados para frutificar. a frutificação de gente aparece por meio de poemas e outras manifestações da vida humana, como o jogo de pelota e a culinária italiana, o cantiga de roda e a manifestação pública (a mob americana...). resumo: o Brasil podia tentar gastar mais em formação de capital humano e social e menos em capital físico, não acha? deixaríamos o capital físico para o setor privado e o governo seria apenas provedor de bens públicos e meritórios, como tenho discursado há anos por acá.

pois bem número dos: há anos ouvi  dizer que um navio de luxo, Eugênio de Tal, por nome, utiliza toda a água que sua enriquecida população consome retirando-a (a população foi retirada de seus habitats em terra firme, lógico) do mar. e, antes de devolvê-la -pútrida e fétida- recicla-a, reutiliza-a de -pelo que entendi- joga ao mar apenas peixinhos, sabe-se lá.

e já sabia há mais tempo que o estado de Israel (não confundir com a pracinha do mesmo nome que é onde inicia minha rua de moradia de coração) domestica seus desertos, transforma pedra (pedra ou areia?) em água. pois hoje, no caderno Dinheiro de Zero Hora, p.6-7, fala-se em "A Corrida do Século XXI" e que a China e Israel unem-se "pela água", e que Israel pode dar ou vender tecnologia de manipulação de mananciais de águas ou esgotos ou areias ou pedras, em benefício da coletividade. claro que vibrei. e claro que jurei que haverá problemas para a integração econômica internacional do futuro modelo societário brasileiro quando as vantagens comparativas do Brasil (baseadas na água, lógico) ruirem, por exemplo, por causa da exploração da agricultura no antigo deserto do Sahara. e claro que será muito melhor para a humanidade que o Sahara seja agricultável do que não o seja, não seja, digo, não é?

o que há de errado, pensando otimisticamente, é este modelo de existência de estados nacionais. o que precisa acabar é pensarmos que, se a água é de todos, se os mares são de todos (exceto, infelizmente, da Bolívia), não há razão para que o ar tampouco o seja e que tampouco outros condicionantes da vida.
DdAB

2 comentários:

Bípede_Pensante disse...

Poético isso que vc diz, Professor. Até me remeteu a outra coisa poética:

All day I hear the noise of waters
Making moan,
Sad as the sea-bird is when, going
Forth alone,
He hears the winds cry to the water's
Monotone.

The grey winds, the cold winds are blowing
Where I go.
I hear the noise of many waters
Far below.
All day, all night, I hear them flowing
To and fro.
(James Joyce)

Bonito, né?

... DdAB - Duilio de Avila Berni, ... disse...

eí, BP:
ela é boa, hein? ele era bom, hein? daqui a pouco (pouco?) foi falar montes sobre coisas ambientais.
DdAB