22 setembro, 2011

Salviano, Severiana em mais um Capítulo

querido blog:
no outro dia, olhei o local em que costumava deixar minha bicicleta no pátio de meu college, St. Peter's de Oxford, assim chamado, porque haverá milhares de outros colégios de São Pedro. em Porto Alegre, há um comcorrido hospital com este nome. achei um papelzinho que dizia o seguinte. digo que dizia o seguinte porque não sei dizer bem se o texto que está acima, desde os dois pontos é meu mesmo ou se estou transcrevendo o papelzinho ou, ainda mais diabólico, se é o papelzinho que está me transcrevendo.

li e reli. não acreditei. tentei acreditar, não acreditei. ainda assim... na anamnese não deu outra: cardíaco e esquisofrênico paranóico. Salviano relutava em comparar sua conclusão clínica com as referências que recebera do analista de Severiana. sabía-se que Severiana sabia. o que não se sabia era que ela sabia muito do que Salviano não sabia. ele não sabia, por razões que ela sabia, que seus ancestrais originaram-se no Terceiro Planeta de Sol, na cidade de Jaguari, às margens de um local em que há muitos aeons correra um regato, mais que isto, correra um concorrido rio. hoje, digo, naquele tempo recente, aquele leito tomado por águas artificiais, se as fictícias peças soubessem abençoar, veríamos um casal pescando.

a pesca fora seu lazer. a escrita era sua religião. a religião era o ópio do Terceiro Planeta de Sol e as naves espaciais eram impressas em 3D.

DdAB
a imagem do St. Peter's College de Oxford em pleno inverno é da Wikipedia. aqui está frio, mas não é hibernal. ainda há folhas nas árvores bronzeadas.

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