04 abril, 2011

Se Fecharmos o Senado

querido diário:
hoje, como costumo, li Zero Hora, o nanico dos gaúchos. na página dos artigos assinados, li diagonalmente o texto de Paulo Brossard. ele insurge-se contra a campereada que o poder executivo estadual fez para demover a Assembléia Legislativa de criar uma comissão parlamentar (para lamentar, como dizia o Vereador José Vecchio) de inquérito, a fim de saber onde é que foi parar o dinheiro das estradas de rodagem estaduais. ele, Brossard, invoca, com justificado orgulho, os serviços que prestou àquilo que chamamos de ditadura militar. foi secretário, ministro e o que de mais seja, além de ter sido eleito uma ou outra vez como deputado e senador. digo que seu orgulho é justificado, pois suas posições são intransigentemente conservadoras, nos dias que correm. empresário inovador na política, ele também foi empresário rural, ajudando o Brasil a manter-se na posição de renda per capita oito vezes menor do que a americana, ou melhorando, digamos de um décimo para um oitavo, sei lá (ver ilustração).

claro que não sou a favor de executivos fortes, nem de legislativos fortes, nem de judiciários fortes. sou a favor do equilíbrio entre o trio mercado-estado-comunidade. no caso do estado, sabedor de suas falhas, sou a favor da substituição do governo dos homens pela administração das coisas. no outro dia, andei sugerindo que devemos fechar o poder judiciário, substituindo-o pela empresa júnior do centro acadêmico de alguma faculdade de direito dos países decentes. também preguei o fechamento do senado federal. isto implica logicamente que também devemos fechar os estados, pois se eles não precisam ser representados é porque não precisam existir. sem estados, não teríamos iniciativas do poder executivo estadual.

passaríamos a ter associações de municípios afinados regionalmente ou até nacionalmente. um poder paralelo à câmara dos deputados. todo político é ladrão, não esqueçamos. se for o caso, substituirei, em juízo a expressão "ladrão" pela "estranho", sei lá. os impostos seriam federais e o gasto seria 100% organizado pelas prefeituras, mas referendado pela câmara dos deputados. nada de emendas parlamentares. teríamos, enfim, a democracia civil, por contraste à ditadura militar e a esta aguamornice civil que vemos desde que a milicada voltou para a caserna.
DdAB
p.s.: a imagem é d(aqui).
p.s.s.: em compensação, achei um resumo ultra alinhado do que é "marxismo": aqui.

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