02 março, 2011

IstoÉ: Sarney e 3D

querido diário:
neste momento encontro-me na Av. Rio Branco de Floripa. vou dormir. mas antes vou postar o que deveria ter feito ontem. de Porto - Portugal, fui a Lisboa - Portugal. de lá, voei a Porto Alegre e trafeguei três dias depois para cá. vindo para cá, decidi comprar a IstoÉ, ou seja, a terceira do quarteto brasileiro (Veja, CartaCapital e Época, para citar as quatro. boa ideia: na volta, leio a Época). pois defronto-me -para começar as queixas- com uma entrevista de José Sarney, o galhofeiro, o presidente do Senado da República. sempre fui a favor do fechamento dos estados e, como tal, de sua representação, ergo, o Senado.

Sarney disse coisas numa entrevista. destaco duas ou três, que ajudam a desopilar o fígado. primeiro, disse: "Sempre fui eleito pelo voto popular" e penso que ele esqueceu que alcançou o cargo de presidente da república sem ter sido eleito para nada, pois nem Tancredo Neves foi eleito com o voto popular e -menos ainda- ele, que era candidato a vice-presidente. segundo. nesta linha, vi-o na TV compungidíssimo, dizendo que aceitava a enorme responsabilidade de substituir Tancredo Neves, que se afastara de casa ao hospital, sem tomar posse como presidente da república. Como não tomou posse, Sarney não era vice-presidente da república, não é mesmo? em não sendo vice, não podia assumir a presidência. mas assumiu. e disse que a honra seria levar o país a completar sua transição democrática com um presidente a ser eleito pelo voto popular dentro de dois anos. a constituição delegada pelo general Figueiredo falava em quatro anos. pois Sarney falou em dois e depois, mudando de ideia, ficou cinco!

queremos mais de Sarney? pois sigamos reelegendo-o, pelo Acre, pela Academia Brasileira de Letras, pelo que quer que seja. segue. A IstoÉ indagou-lhe na entrevista (da revista 2145, p.10/12: "O que a sua mulher, dona Marli, acha disso tudo? Ela foi contra sua reeleição para a Presidência do Senato?" disse o bom velhinho: "Ela não queria que eu fosse mais presidente do Congresso." senil, né, meu chapa? o presidente do Congresso é o presidente da Câmara dos Deputados, ou muito me engano. e o ato falho, era ato falho? era golpismo, como o de ganhar como vice para ficar dois anos e cumprir cinco?


não contente com isto, na p.100, há outra reportagem, desta vez da IstoÉ, desta vez também baseada na The Economist, como a que referi no outro dia sobre a CartaCapital. também fala, em matéria muito mais agradável sobre a manufatura em 3D. e ainda faz propaganda de um vídeo em seu site: www.istoe.com.br.

cara, bicho, pessoa, gente! não achei, perdi-me no site. voltei para o Google. pedi exatamente o título da matéria, que pedia no site acima e nada veio: "uma fábrica na sua mesa". agora veio o site:
http://blog.vettalabs.com/2009/01/25/uma-fabrica-na-sua-mesa-impressao-3d-open-source/.

quer a data? tá lá: 25 de janeiro de 2009, ou seja, dois anos atrás. esta Internet! cada uma! depois diz-se que nada se cria e tudo se copia. e agora se duplica. quem não se comunica... em outras palavras, a novidade da The Economist e da CartaCapital é velharia. ou não é?
DdAB

p.s.: adendo às 19h39min de 15/jul/2013: acabo de dar-me conta de que o presidente do congresso nacional é mesmo o presidente do senado e não o da câmara dos deputados. dias atrás, cometi o mesmo erro, insubordinando-me contra o atual presidente, o sr. Renan Calheiros, que quase foi levado à renúncia há alguns anos (2006/7). Sorry.

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