19 setembro, 2010

Duas Obviedades

senhoras e senhores:
das duas obviedades que falarei em seguida não consta uma constatação: são baixíssimas as possibilidades do touro da bela foto acima não despencar-se, estatelando-se ao chão, para alegria da petizada malvada (e malfadada...).

sempre que somos colhidos por uma obievade escondida em nossa mente por ser deslocada, prematura ou irrelevante, e -principalmente- óbvia, não conseguirmos evitar de exclamar: "como foi que não pensei nisto antes?", "não posso ser tão burro assim!", "como é que não vi isto antes?". tenho milhões de exemplos, claro, mas vou ater-me a dois.

o primeiro diz respeito a um dos indutores já catalogados em meu site do ódio à humanidade: a dieta para emagrecer ou engordar: obesos e anoréxicos. e, quando pensamos que haverá apenas uma dieta para eles, a diata da pessoa normal. a pessoa normal, por seu turno, exibe esta condição por ater-se exclusivamente à dieta normal! ergo: há uma e apenas uma dieta adequada ao ser humano: a dieta normal!
a segunda obviedade, ou seja, o segundo exemplo, tomar-me-á (tomar-te-á?) mais espaço. trata-se, agora, de uma questão ontológica: o tudo e o nada. aparentemente o homem inventou o nada e, depois disto, despende enormes montantes de energia problematizando se o "todo" envolve o "nada". ou se "tudo" envolve "nenhum". não seria impossível nunca termo-nos desviado de uma linha de pensamento apoiético: a exemplo da linha reta, o mundo mundano não teve início nem terá fim. está e estará apenas mudando de estado, na linha que tenho discutido -originária de minhas leituras de ficção científica, se tanto...- sobre a equação E = m x c^2.

COROLÁRIOS:
.a. nunca poderemos chegar ao "fim" do Universo
.b. o Universo (ou sua parte que já nos foi dado conhecer) está em movimento (ainda que, talvez, seja necessário que se invente outra palavra para descrever esta coisa pós-Big-Bang).
.c. a evolução é um caso particular de movimento, haverá outros, tão ou mais interessantes.
.d. nós humanos temos uma finalidade individual na morte, mas -inventada a História- alcançamos a imortalidade polausível para a espécie
.e. para sobreviver como espécie, precisamos de uma biota não necessariamente terráquea, mas
.f. podemos organizar-nos para prescindir da biota
.g. podemos criar um corpo que nos abrigue e que seja imortal, ou seja, que escape à lei da evolução, mas que mantenha a lei do movimento
.h. a morte é o contrário: movimento nulo.
.i. podemos ser resgatados (ressurreição) pela reaglomeração de neutrinos ou de alguma outra componente do Universo ainda desconhecida.
.j. seguimos tendo que problematizar os problemas éticos e estéticos.
DdAB

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