04 junho, 2010

Education, education, education: nadir e zênite

querido blog: hoje é domingo, .., epa!, hoje é sexta-feira, um dia "útil" entalado entre o feriado e o fim-de-semana. para aposentados, a rotina quebra-se do mesmo jeito. a cidade para. ou pára? segue parada? os meninos de rua seguem sua sina pedindo troco no sinal. está nublado. chove em Três Passos. choverá aqui e acolá. faço-me lírico, mas quero falar do mundo mundano, ou seja, da moderna economia política. 

nem queria dizer isto, mas agora digo: primeiro, há gente que não sabe que havia bens públicos antes de haver bens de mercado. segundo, destacam-se entre esta macacada os marxistas, pois -claro- Marx não tinha a menor obrigação de problematizar este tipo de coisa. agora, quase 150 anos depois de seu passamento, é inconcebível que a negadinha siga sem considerar amplamente estes blim-blim-blins para fins de explicação dos dois itens centrais do livro a que ontem referi, de autoria de Makoto Itoh (falei ontem que os revisores de texto da Macmillan cometerem uma série tão grande de erros que acho que andaram bebendo durante o expediente, na cidade de Basingstoke, que cheguei a visitar por outras razões?): 
.a. stages theory (onde deviam falar em óbices ao surgimento do estado mundial e não em imperialismo) e 
.b. empirical analysis (onde deveriam falar como é que o valor dos bens públicos afeta o nível geral de preços, um troço destes e não do problema da transformação dos valores em preços). 

pois bem, vejamos o que eu queria dizer ao pedir cachimbo, sei lá. ando -se não meio desligado- um tanto atarefado. e andei até mais angustiado, que o angstmeter é o número de postagens semanais. o nadir é zero e o zênite é sete. e você saberá o que me deixa de pelos em pé... é que no outro domingo, li algumas coisas em Zero Hora, fiz anotações e iria postar na segunda-feira, depois ficou para a terça-feira, na quarta já recuperara o bom-humor, na quinta era feriado e hoje é hoje mesmo. 

forço-me, portanto, a dizer o que segue. em três momentos, aquela Zero Hora levou-me a refletir sobre educação: 
.a. tinha algo na capa (que deixou, for a tiny while, seu padrão de irrelevâncias) 
.b. a crônica do Caderno Donna de Martha Medeiros 
.c. uma foto do Presidente Negro enrustido num ambiente de bullying. concluí claro que o Governo da Profa. Yeda Rorato Crusius tinha mesmo que fazer as "enturmações", ou seja, encaçapar entre 40 e 4 mil alunos dentro de cada sala de aula, pois aula para seis, sete pessoas, é "coisa de vagabundo", como disse uma auxiliar de enfermagem durante um delirium tremens. ademais, e também tinha que dar aulas em containers. 

afinal, como teria dito a turma da revista Pif-Paf (ou era O Pasquim mesmo?): se este troço toma rumos diversos à enturmação, ao enlatamento, ao anti-bulling, estaremos caindo numa democracia! em outras palavras, numa democracia, não sei o que aconteceria com o PSDB da Profa. Crusius, mas acho que não seria boa coisa, nem para o PT da Chapa Serra-Dilma, a Chapa Branca. esta negadinha parece que bebe. e Lula, que bebe mesmo, deixa-me sem saber se poderia ter feito um governo decente ou apenas conseguiu tudo o que pôde com este troço de bolsa família quase que universalizante. 

e agora vem o congresso da renda básica em Sampa. e eu que acho que não vou lá, pois irei a Elsewhere. aí pensei onde andarão os limites da falta de educação. não de gente como Einstein ou Eiseinstein mas a minha mesmo. então parti da equação E = m x c^2 em que o Prof. Einstein disse que a energia é alcançada por meio da multiplicação da massa velocidade da luz e novamente multiplicada pela mesma velocidade da luz. pensei se é possível, por exemplo, multiplicar um prego por um, digamos, borrego e chegar a algo, ou multiplicar a velocidade de um automóvel pelo número da placa do carro da Doutora Marina e saber "de que vale tudo isto, se você não está aqui", com Roberto Carlos, aquelas coisas da professora de física da escola a que fui submetido (contra a vontade, by the way). 

então as quatro são variáveis da equação (E, m, d e t, estas duas enrustidas no c) se movendo enquanto houver existência para o quarteto. talvez se possa conceber um mundo em que o tempo é zerado, sei lá. já andei espalhando que a história humana é o blim-blim-blim que dá sentido à passagem do tempo, ainda que certos animais (como os políticos e ladrões) também tenham consciência deste fluir. haverá outras dimensões na equacionadas, claro. 

a primeira questão é "o que foi feito de meus pensamentos?", aqueles de que não mais lembro e, se lembrasse, precisaria de anos e anos para desfiá-los todos, anos e anos que não tenho mais, pois já vivi quase 63 e, digamos, poderia precisar, como Funes, el Memorioso, de uns 40. fora a atividade cerebral durante o sono, os sonhos e sei lá que mais. Michio Tatu oslt falava em sete dimensões, mas talvez sejam infinitas. e por que minha ânsia de querer preservar meus pensamentos, minha consciência? um dia alguém sugeriu, como hipótese de trabalho, que assino muitos de meus meus e-mails simplesmente como .d., para não usar um .D. e pensarem que eu estaria pensando ser um deus abreviado. parece que, para abreviar, posso citar Chico Buarque: onde vai o meu amor, quando tudo acabar? bota almanaque para dar uma resposta self-contained, que aula em container é casca! 

DdAB
Captura da imagem: http://www2f.biglobe.ne.jp/~boke/Erara.jpg. jamais imaginei que esta foto viesse a atender ao pedido "education, education, education", que deu coisas já vistas. acrescentei "iris murdoch", por causa do filme biográfico, em que ela problematiza esta retórica de Tony Blair. e veio esta pintura japonesa. no matter what, é belíssima.

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