20 dezembro, 2009

Use a cabeça: procure manter...

Querido Blog:
Ontem participei de um evento extraordiário: meu próprio almoço com um trio de familiares muito amados. Dois a um para as amadas: duas delas e um amado. Amaduras de primeiro e segundo grau. Derivadas de mamãe e papai e sua segunda derivada e seu consorte. Antes do prândio, adestrei meu computador que recebeu o nome de Netinho, dados outros eventos familiares de dar dores (parto breve, como dizia a velha piada) e suas reduzidas dimensões, para a tecnologia hoje disponível.

Hoje é domingo. Mas estou trabalhando. Fi-lo desde cedinho. Estou trabalhando, no sentido de que agora não estou trabalhando. Estou fazendo a barba, no sentido de que não a estou cortando, pois estou digitando este blim-blim-blim, que deveria ser breve e faz-se, como praticamente tudo o que escrevo, prolixo. Não gosto desta palavra!

Use a cabeça: procure manter suas quatro patinhas no chão. Esta foi a mensagem que me foi ditada pelo Alto e é um voto contra o uso indevido das coisas celestiais para perturbar ações terráqueas. Quem nos atrai as quatro patas é o Planeta Terra, que está sendo destruído pelos engenheiros, que não conseguem criar umas tecnologias menos poluidoras. Quem sugere que devemos orar, de sorte a reduzir a poluição, está enveredando por um caminho complicado. "-Orar com quantas patas?", deveríamos indagar-lhe/s. Quando budisticamente juntamos as mãozinhas sobre o peito, não devemos olvidar que quedam-nos apenas duas patinhas no chão. Se as soerguermos, poderemos manter esta posição -que, provisoriamente, chamarei de irracional- apenas por alguns instantes. Voltaremos, com sorte, à terra sem virar pó.
A questão que me prende é sabermos exatamente o que significa "racionalidade" num contexto de postagem como "Vida Pessoal". É natural: sanidade mental. É poético, mas tem um blim-blim-blim que é apoiético, como volta e meia refiro. A questão central, neste caso, é sabermos se o mundo teve origem ou não. Se não teve, segue-se logicamente que ele não foi criado. E quem tomar o nome de Deus em vão, em qualquer caso -apoiese ou "parto natural"- estará cometendo um pecado de lesa-humanidade. Bicho não é racional, gente é, se mantiver-se com suas quatro patinhas o mais perto possível de um objeto que as atraia. Caso se percam nas altitudes e platitudes, seu futuro é doloroso.

Digo isto pois testemunhei o surgimento de uma inovação tecnológica de modo inusitado. Se não testemunhei, admitamos, provisoriamente que o fiz. Disque o Sr. Lannes, antigo suinocultor artesanal de Jaguary, observou que "os porco tavam emagrecendo". Parecia que as multinacionais e os anúncios publicitários na TV haviam doutrinado os animais para não comerem abóboras com semente. Não restou outra opção ao Sr. Lannes que começar a retirar "os caroço das abobra", que ele tinha seu comportamento (enquanto produtor, não estou falando de seu papel enquanto instituição família) regido por uma função de maximização de lucros.

Depois de dias de realização deste novo "expremento", tornou-se visível que "os porco" voltavam a alimentar-se e, como tal, a engordar ("lei da entropia", disseram). Por puro acaso, um deles foi churrasqueado e, nos preparatórios, caiu uma cabaça de salmoura sobre os caroço, digo, sobre as sementes. Por puro acaso, o Sr. Lannes vendeu este produto que a natureza itself inventou ao Bolicho Ramagnol. Este novo produto virou um furore mundial. Dizem que uma latinha foi servida em plena Conferência de Ialta, dando alegria ao trio Roosevelt-Churchil-Stálin. Lannes não mais matou suínos, Ramagnol aposentou-se e as abobra, dizem, produzem menos CO2 do que as lavoura de algodão de FHC, até que os engenheiros o ponham na cadeia.

DdAB
p.s.: a foto superior saiu-me meio avariada, deixando ver apenas patas assentes no terreno e uma ou outra fora de esquadro. a segunda mostra "as mãos para os céus".

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