16 agosto, 2009

O futuro da Crise

Querido Blog:Esta efígie da OIT em português é verdadeira? Não fui buscar resposta no site. E que é OIT, com ramagens em volta? Seria, presumo, a Organização Mundial do Trabalho. Por que cheguei a esta imagem, por que busquei "20 milhões de empregos"? Porque acabo de ler o artigo dominical de Paul Krugman do caderno "Dinheiro" oslt. de Zero Hora.

Primeiro: há anos alertei que, se a sociedade brasileira não criar um "serviço municipal" para absorver 20 milhões de trabalhadores detentores de ocupações precárias (definição positiva da ILO), haveria bronca. Alguns destes empregos poderiam ter sido exportados para o Uruguai, o que me daria maiores chances contra os dois asseclas do prefeito local (dois meninos de rua) que lá me assaltaram. Eles não são livres, no sentido da definição de sociedade justa de John Rawls, pois não desfrutaram da maior liberdade possível compatível com a dos demais. Uma vez que minha liberdade foi vilipendiada pelo prefeito, deixei de ser um homem livre na Calle San José (um Garufa academicamente graduado).

Segundo: há menos de uma ano alertei que, se o mundo não acabasse (o que, também, declarei altamente improvável e, até, irrelevante para a ocasião), as consequências da crise seriam:
.a. manutenção do PIB exatamente no nível de 2007
.b. desemprego
.c. inflação.
Não alertei para a imbecilidade da mudança das regras ortográficas da língua portuguesa oslt., o que acabou por ocorrer no dia dos bobos, 1st de janeiro de 2009.

Terceiro: Krugman está falando nos "estabilizadores automáticos" da demanda agregada. Krugman sabe do que está falando. Ele sabe que PIB = C + I + G + (X-M), ou seja, a demanda agregada, que é igual ao produto e à renda, compõe-se dos gastos em consumo das famílias, investimento das instituições investidoras (empresas nacionais, empresas internacionais e governo), gasto do governo (exceto o investimento já sinalizado em I e o saldo do balanço de transações correntes (bens e serviços, inclusive os serviços dos fatores). E ele sabe que, se a fração de G ou Ig (parte do investimento efetivada pelo governo) é grande (aiou!, e o é, pela lei de Wagner), então a manutenção ou ampliação do gasto público numa hora dessas terá a desejável consequencia de manter a demanda agregada e, who knows?, induzir alguma atividade econômica na produção. Nem preciso dizer que ele sabe que quem gera produção é o emprego e que quem gera valor adicionado é a produção, não sabemos?

Quarto: invocando o Efeito Excel, eu digo que a única saída para a próxima geração é garantir que a atual dedique-se à criação da Brigada Ambiental Mundial.
DdAB
p.s.: mais marcante ainda do que o artigo de Paul Krugman é a "Reportagem especial; conversas nas sobras; Um Roteiro de Medo, Barganha e Traições", assinada por Moisés Mendes, nas p.4-5 de Zero Hora de hoje. cara, bicho, gente! só lendo! Não posso jurar que sejam ladrões, mas -digamos assim- não seria sensato amealharem meu voto (if you know what i mean): .a. Antonio Dorneu Maciel; .b. José Otávio Germano; .c. Flavio Vaz Neto; .d. João Luiz Vargas; .d. Delson Martini; .e. Lair Ferst; .f. Rubem Höhner; .g. Silvestre Selhorst; .h. Fernando Záchia; .i. Frederico Antunes. Os itens b, d, h e i, at least, são ou foram detentores de cargos eletivos. Os itens, além disto, b e h, at least, também são filhos de homens preteritamente detentores de cargos eletivos. Pode lá, meu senhor do bonfim?

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