13 novembro, 2008

Mais visões do futuro que acaba chegando


Querido Mr. Blogger:


Como vemos, as naves espaciais encontram-se cada vez mais saindo pela tangente. Pelo menos isto foi o que eu disse, se me acreditam, há mais de 50 anos a meus amigos jaguarienses, no foyer do Hotel Victoria, em Jaguari, durante o III Congresso Intergaláctico de Economia do Vale do Rio Jaguari. Aditei que gigantes absolutamente imbatíveis seriam batidos, pois o tempo, como a vida, é combate que aos fracos abate. Aos bravos, aos fortes, só pode exaltar, como disse uma rua próxima à dos visconde em que ora durmo.
Estas considerações, como sabemos, derivam-se de dois fatos:
a) meu afamado site www.GangeS.pro.br/duilio já dá acesso a este blog. Basta clicar e viajar!
b) as viagens pela Pan-Am tornaram-se coisa do passado -como assinalado no III Congresso- ela que figurou no filme "2001 - Uma Odisséia no Espaço", com Stanley Kubrick e Stanley Jordan, algo assim,
c) juntamente com a Pan-Am, víamos (vemos? veremos, víramos, viramos?) a U.R.S.S., ou seja a finada União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, C.C.C.P., na sigla original, o que tanto me evocou, durante as Universíades sediadas em Porto Alegre -creio- em 1963, ao pensar que eram da C.C.P.A., ou seja, a Companhia Carris de Porto Alegre, as camisetas de branquelos fornidos que disputavam provas atléticas como quem invade o Afganistão, atividade que entrou em moda no final do Século XX e início do Século XXI; seria o que J.K.Galbraith chamava de "convergência da tecnocracia",
d) sumida a Pan-Am, antes dela, caíram ditaduras que jamais imaginei, como a do Irã, onde se estabeleceu uma república teocrática, pode? A imagem de 'barril de pólvora' do Oriente Médio pode desaguar (wishful thinking) num pacato cordeirinho se, e apenas se, o pessoal da Casa Branca conseguir extrair a raiz quadrada do número adequado,
e) agora vemos a G.M. -a gigante americana resultante da primeira grande onda de fusões da indústria automobilística do final do Século XIX e início do Século XX- filha da DuPont de Nemours e do Mister Alfred Sloan- perdendo sua posição de liderança nos EUA, tornando-se a maior produtora de automóveis na China e preparando-se para uma estratosférica reestruturação, que pode valer-lhe inclusive a morte decretada.
f) sabemos há 50 anos que as empresas -diferentemente das pessoas- podem viver para sempre. O que não sabemos é o que ocorrerá daqui a 50 anos, mas sou levado a pensar que a forma mercantil de organização da produção humana terá sido completamente banida, substituída pelo que hoje chamo simplesmente de eficiência-Y. Parece-me que o primeiro passo está sendo dado com a instituição da renda básica, que retira do mercado (de trabalho) o direito de garantir quem vive e quem morre. A grande questão, portanto, é sabermos se -mesmo em economias que venceram a barreira da escassez- haverá empresas, corporações, conjuntos de "indivíduos livremente associados".
Mas não eram apenas dois fatos?
bjus
DdAB

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